São Jorge dos Ilhéus Nossa Ilhéus
Ilhéus está entre as sete cidades mais importantes da Bahia (Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro e Ilhéus). Junto com Itabuna, Ilhéus é considerada o centro regional de serviços.
Sedia o Aeroporto Jorge Amado que é portão de entrada para as principais cidades do Sul da Bahia. É a cidade com o mais extenso litoral entre os municípios baianos. A variedade de recursos naturais, o litoral e a história conferem a Ilhéus uma vocação para a atividade turística, sendo considerada a quinta cidade com maior fluxo de turismo na Bahia para o turista internacional.
O município de Ilhéus está localizado na Litoral Sul do Estado da Bahia e abrange uma área de 1.583 km², com uma população de 184.236 habitantes (IBGE, projeção 2010), sendo 154.318 na zona urbana e 29.918 na zona rural.
Em 1534, quando D. João III dividiu o Brasil em capitanias hereditárias, coube ao fidalgo português Jorge Figueiredo Correia, por carta régia, a capitania de São Jorge dos Ilhéus. Esta tinha como limites, ao sul, a capitania de Porto Seguro e, ao norte, o local atualmente conhecido por Morro de São Paulo, um pouco além da ilha de Tinharé.
Carta Régia de 25 de abril de 1534, confirmada pelo Foral de 26 de agosto do mesmo ano, de D. João III, institui a Capitania de Ilhéus, com 50 léguas de costa e a “mesma largura pelo sertão e terra firme a dentro”. Sua sede se localiza na foz do rio Cachoeira, onde as primeiras edificações se erguem no morro de São Sebastião e se espraiam, mais tarde, pelas baixadas de Cachoeira, Itaípe e Itacaucera, até atingirem a lagoa de Itaípe, bem ao norte.
A vila de São Jorge de Ilhéus sofre ataques constantes dos aborígenes, havendo ainda divergências entre os próprios colonos. Em 1552, inicia-se a catequese dos íncolas com a chegada do Padre Nóbrega .
O cartógrafo português João Teixeira Albernáz, em 1618 descreveu lindamente a Nossa Ilhéus como “a melhor e mais fértil de todo Estado, de modo que é provérbio comum que o Brasil é um ovo e os ilhéus a gema. E, se meter cabedal nesta capitania será de grandíssimo trato e importância” (ADONIAS, 1993).
Em fins do século XVI, Ilhéus sofre ataque de corsários, repelidos pelos nativos e, em 1638, assediam os holandeses a Vila, a mando de Nassau, sendo igualmente repelidos. Nestes episódios, destaca-se a figura de Antônio Fernandes, o “Catuçadas”. Em 1723 os jesuítas constróem uma igreja e um colégio.
Criada a Comarca de Ilhéus, torna-se a Vila sua sede, em 1760. Onze anos depois, fazem-se os primeiros estudos para a construção da ferrovia Ilhéus-Conquista. Mais 5 anos e inaugura-se o Serviço de Telégrafo e a primeira Estação Arrecadadora da Província
Em 1835 o homem introduz ali profunda modificação na paisagem com a abertura de um canal ligando as águas do Itaípe às do Fundão, obra que esteve a cargo de um notável engenheiro, Przswodowsky, contratado pelo governo imperial para aquele fim. O objetivo prático da ligação resumia-se em contornar a barra impraticável do Itaípe, o qual, depois de correr na direção norte-sul paralelamente ao litoral, despeja as suas águas a 6 quilômetros ao norte de Ilhéus. Daí por diante toda a produção da próspera várzea poderia ser diretamente levada a Ilhéus. A segunda grande modificação foi o desvio ulterior de parte das águas do Fundão, através de outro canal, para a entrada do estuário, em conseqüência do que veio Ilhéus a perder o seu caráter continental.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 12 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Banco da Vitória, Castelo Novo, Coutos, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira, Rio do Braço e Sambaituba.Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 10 distritos: Ilhéus, Aritaguá, Banco Central, Castelo Novo, Coutos, Inema, Japu, Olivença, Pimenteira e Rio do Braço. Assim permanecendo, até este ano de 2013, em divisão territorial datada de 2007. Abaixo, o resultado de trabalho de pesquisa de José Nazal Pacheco Soub a respeito da divisão geográfica e territorial do município de Ilhéus.
Povoados: Aderno, Barramares, Carobeira, Itariri, Jóia do Atlântico, Juerana, Mamoan, Oiteiro, Ponta da Tulha, Paraíso do Atlântico, Ponta do Ramo, Queimada, Retiro, Sambaituba, São João, São José, Tibina, Urucutuca, Valão, Vila Olimpio.
Povoados: Areia Branca, Búzios, Cururutinga, Maria Jape, Rio do Engenho,
Santa Maria e Santo Antônio.
Vilarejos: Acuípe de Baixo, Acuípe de Cima, Acuípe do Meio, Águas de Olivença, Jairi, Parque de Olivença, Santaninha e Sapucaeira.
Vilarejo: Ribeirão Pimenteira
Povoados: Banco do Pedro, Ribeira das Pedras, Vila Campinhos e Vila Olímpio.
O Sistema de Indicadores de Ilhéus, apresentado pelo Instituto Nossa Ilhéus, é uma ferramenta de conhecimento e mobilização social. Por meio de 70 indicadores sobre a situação da cidade e o desempenho das políticas públicas, em diversas áreas: Saúde, Educação, Violência, Trabalho e Renda, Juventude, Trânsito, Condições de Moradia e Pessoas com Deficiência, o sistema retrata os desafios e as desigualdades internas da cidade, permitindo diagnosticar, planejar, monitorar e exercer o controle social.
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